Em sua quinta participação em Mundiais, desta vez o tocantinense Fred Guerra (Ulbra/Guerra) não trouxe medalha de sua participação em Budapeste, Hungria. Foram cerca de 1400 atletas de 48 países. Ele nos conta para o EsportenaNet como foi a competição:
EN – Como você avalia a sua participação neste mundial?
FG – Fiz boas lutas, lutando de igual para igual contra atletas de nível muito elevado. Um deles, o francês Jean-Claude Cameroum foi para as Olimpíadas de 2004. Minha performance foi boa, o resultado não. Venho de um bronze no mundial do ano passado e outros bons resultados, a gente fica mal acostumado, quer a medalha, mas vou ter que me contentar somente com o bom desempenho.
EN – O site da Federação Internacional – FIJ lhe traz como o nono dentre os 24 da categoria, mesmo sem ter vencido suas lutas. Como isso funciona?
FG – Isso é porque fui um dos sorteados que passariam direto à segunda rodada sem lutar. Isso acontece quando o número de atletas não é 8, 16, 32 ou 64. Também lutei contra um russo que chegou à semi-final, o que me deu nova chance na repescagem, quando não precisei fazer a primeira luta de novo! Depois perdi para o francês que foi medalhista de bronze. Embora tenha entrado no tatame só duas vezes, para a FIJ eu fiz quatro lutas.
EN – Em 2006, 2008 e 2009 você fez parte da seleção brasileira na competição por equipes. Você conseguiu vaga novamente?
FG – Sim. E a competição por equipes foi, sem dúvida, a mais difícil dos últimos anos. Equipes como Rússia, Alemanha, Azerbaijão, França e a dona da casa, Hungria, montaram equipes muito fortes. Para se ter uma idéia, a Rússia montou duas equipes, pois levaram uma delegação maior que a da própria Hungria. Acabaram com ouro e prata. Nós esbarramos neles e acabamos em quinto.
EN – E a participação da delegação brasileira em geral?
FG – Tivemos muitos resultados expressivos. Ouro mesmo só o do Gleyson (MG), pela quinta vez consecutiva. Mas tivemos outras oito medalhas de prata, algumas nas categorias mais disputadas, com o Joseph, Vlamir, Trinca, Elton e a Fátima. Ainda outros oito bronzes, destaque para o Artêmio, Nominato e Kleber. Por equipes eu destacaria a seleção feminina que garantiu a prata depois de uma luta emocionante da Rogéria (Rogéria Cozendey/SP). Essa decisão foi um dos grandes momentos da semana.
EN – E o que vem por aí?
FG – Primeiro preciso recuperar o corpo da viagem, muito cansativa. Cinco horas de diferença de fuso horário e 38 horas do hotel até chegar em casa. O calendário tocantinense agora foca no exame de graduação superior. O foco passa a ser conquistar meu segundo dan. No final de agosto tem a 12ª e última edição do Mundial da World Máster, associação que popularizou e transformou o Judô máster em esporte de alto rendimento. A competição será em Montreal-Canadá. Duas semanas depois tem o Panamericano em Miami-Estados Unidos. Quem sabe desses aí eu trago a medalha que fiquei devendo de Budapeste...
(Esporte na Net)
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